O grande martírio está prestes a começar.
Me sinto como se estivesse numa masmorra,
agonizando tortuosamente o momento derradeiro.
Não me fazem um único espancamento,
mas me arrancam pedaços vagarosamente,
expondo em mim chagas profundas.
Tiram-me os cabelos um por um
e queimam minhas unhas,
martelam meus dedos.
Meu corpo é suspenso por arames farpados
e escorpiões picam-me os pés.
Mas me levaram as pálpebras
e fechar os olhos é impossível.
Agonizo tortuosamente o momento derradeiro,
eternamente numa masmorra
assim me sinto.
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